sábado, 7 de março de 2009

A ARTE DE SE DEFENDER NA GUERRA

Reunião do Grupo Terapêutico em 02/03

Na guerra, um exército precisa de cobertura, e três coisas são fundamentais no planejamento para garantir a sobrevivência:
o ataque, a defesa e o suprimento.
Em nosso cotidiano, temos reações espontâneas e imprevisíveis diante de um ataque, dependendo do quanto de controle temos sobre os nossos sentimentos.
A defesa é algo nato, e quando se tem a integridade ameaçada, o próprio instinto se encarrega de acionar os meios de defesa e contra ataque. O homem, como ser pensante, tem maior possibilidade de elaborar sua defesa, mas tem também um grande inimigo que o ronda e irrompe com toda força na hora da dificuldade: o medo.


TEMA DISCUTIDO

Conhecer o Medo para livrar-se dele

Para falar em defesa, precisamos conhecer um pouco mais sobre esse sentimento, o medo, que tem a capacidade de nos paralisar.
É no momento em que mais precisamos da coragem, da determinação para tomar decisões numa situação difícil, que ele vem com toda a força. Muitas vezes nem sabemos do que e nem porque estamos com medo. Principalmente naquelas situações em que, olhando em volta, tudo está ao nosso favor, mas nos sentimos fracos, pequenos diante do problema.
Existem medos das mais variadas origens: medo de guerra, medo de pessoas, medo da morte, medo do mal, das doenças, medo de más notícias, medo do desconhecido... E antes de resolver qualquer situação, a primeira coisa a fazer é enfrentá-lo, e livrar-se dele!
O que é o medo?
O medo é a falta de fé, um fantasma de tudo o que possa ferir a nossa integridade. É preciso ter fé na própria capacidade de defesa, e saber o momento de fazer uso de tudo aquilo que aprendemos, de não se sentir incapaz, ou o medo vai tomar conta, tornando as armas inúteis, pois não temos condição de operá-las. Poder, dinheiro, prestígio de nada adiantam.
O medo diante do perigo é um sentimento natural, porém a capacidade de se refazer para enfrentá-lo é o que determina o quanto estamos preparados para a vida.
A maior defesa do homem em suas guerras pessoais é o seu fortalecimento interior. Aquele que está frágil emocionalmente, frágil nas suas convicções terá, por conseqüência, atitudes desastrosas diante do perigo, ou até encontrará uma caverna para se esconder, solitária e escura, onde está a cama de depressão.

Permitir que uma falsa imagem de nós mesmos se abrigue em nosso coração, é uma porta aberta para todo tipo de medo, sendo assim imperativo que busquemos no conhecer profundamente.

Portanto, tenha como propósito descobrir quem você é, determine o seu valor, o seu tamanho, sua crença, sua fé, e então, quando o mundo disser o contrário, você não vai ser afetado, você já se conhece.
Em seguida, procure conhecer quem é o seu inimigo, analise sua força e prepare-se para a defesa. Defender-se nem sempre é atacar, muitas vezes não é o momento para o ataque e a melhor saída é retirar-se, se resguardar, planejar melhor, esperar. As estratégias devem sempre visar a preservação da sua integridade.
Os ensinamentos táticos de guerra orientam que a verdadeira vitória é aquela conseguida sem lutas inúteis. Estar vigilante, sem medo, é estar preparando sua defesa antes que o inimigo se apresente, para depois vencê-lo nas suas fraquezas.


FUNDAMENTOS BÍBLICOS

1 – Jeosafá venceu o medo - 2Crônicas 20

Dizem que quando um exército é atacado deve analisar suas reais possibilidades em relação ao inimigo: se está em igualdade de condições, poderá enfrentá-lo; se ligeiramente inferior em número, poderá evitá-lo; se inferior em todos os aspectos, poderá fugir dele.

O rei Jeosafá ouviu dizer: “Vem contra ti uma grande multidão, de além mar e da Síria”. Pensou nas condições que possuía para enfrentar aquele inimigo e, constatando que era inferior em todos os aspectos, sentiu medo.

As regras de guerra sugerem que, nesse caso, deve-se fugir, pois eles estavam em total desvantagem. Porém, Jeosafá lembrou-se que servia a um Deus Todo Poderoso, e correu para falar com Ele.
Aquele que crê em Deus como “o Deus dos impossíveis”, nunca irá se retirar da batalha, sabe quando é o momento do seu Deus entrar em ação.
No entanto, Deus precisa que em nós haja sentimentos que O permitam agir em nosso favor, quando as nossas capacidades humanas já se esgotaram:

- a Humildade

Jeosafá, com humildade, orou ao Senhor: “... Ó nosso Deus, não os julgarás? Pois em nós não há força perante esta grande multidão que vem contra nós. Não sabemos o que fazer, mas nossos olhos estão postos em ti.”
O rei reconhecia naquele momento a sua impossibilidade de enfrentar o inimigo, mas não desiste de enfrentá-lo pela fé.

- a Unidade

Jeosafá não buscava a glória para si. Estava disposto a buscar o livramento para o seu povo, em espírito de unidade. “... toda a Judá e os moradores de Jerusalém se juntaram para pedir socorro ao Senhor...”
A unidade daquele povo moveu o coração de Deus.

- a Obediência

Estratégia de Defesa: Ficar Parado

O Senhor assume, é Ele quem dá as estratégias da guerra, e, surpreendentemente, a sua direção foi para que o povo ficasse parado, porém posicionado no campo da batalha.
“Nesta batalha não tereis que pelejar. Parai, estai em pé, e vede a salvação do Senhor para convosco... Não temais, nem vos assusteis.”
Deus tomou a frente da batalha, mas convocou o povo para estar lá, no lugar onde se daria a peleja. Como é isso?
Existem pessoas que pensam que colocar nas mãos de Deus é virar as costas à dificuldade e esperar que Ele faça tudo. – isto é negligência.
Jeosafá seguiu à risca o que Deus lhe dissera para fazer, numa circunstância em que obedecer era, no mínimo, estranho e arriscado.

Porém, não bastam apenas os bons sentimentos, não lutar não significa não fazer nada, mas fazer o que é certo para aquele momento.
E era necessário que se utilizassem das armas espirituais para se fortalecerem e permanecer em fé na batalha.


As armas utilizadas pelo povo nesta batalha foram:

.Jejum – Jeosafá apregoou um jejum em todo o reino de Judá. O jejum trouxe a unidade, todos no mesmo espírito, no mesmo sentimento, buscando as mesmas coisas.

.Oração – Pôs-se Jeosafá em pé na congregação, e orou ao Senhor pedindo socorro. Naquele momento, entrega nas mãos de Deus a sua batalha. Deus agora era o comandante. Entregar a Deus não é desistir, quando desistimos renunciamos à luta. Quando entregamos a Ele, quer dizer continuar no campo de batalha, usando as armas espirituais.

.Fé – A fé é que fez o povo permanecer no propósito, na obediência: tinham certeza que estavam em boas mãos, e que seriam socorridos, por isso louvavam em agradecimento pelo livramento, antes dele acontecer.
Jeosafá sabia que poderia confiar em Deus.

.Posicionamento – Não saíram da posição de luta – A ordem era que descessem para o campo de batalha e ficassem em pé, parados. É interessante ver os detalhes com que Deus dá as ordens.
É necessário estar atento ao que Deus nos pede, e obedecer, com detalhes.

A Bíblia nos conta que aqueles exércitos inimigos, em emboscada, acabaram lutando entre si, sobrevindo grande mortandade. A Jeosafá restou apenas marchar pelo campo, recolhendo os despojos de guerra, dando a Deus honra e louvor pela vitória.

O Salmo 8: 4 e 5, diz assim:
“ ... que é o homem, que dele te lembres, e o filho do homem para que o visites?”
“Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus, e de glória e honra o coroaste.”

Existe outro sentimento que move o coração de Deus, a gratidão.
A Palavra desse Salmo mostra em que patamar Deus nos colocou em seu amor.
Somos Sua imagem e semelhança, dotados de poder e força para vencer todo mal.
No dia em que passarmos a agradecer a inteligência, criatividade e capacidade com que nos dotou, em vez de nos lamuriarmos por tudo e por nada, como crianças, começaremos a agir com coragem, ousadia e muita fé.
Costuma-se dizer que cada problema tem, no mínimo, dez soluções.
Deus e nós mesmos sabemos quando termina a capacidade humana, quando é hora de deixar que Ele faça o impossível. Antes dessa hora, é preciso seguir fazendo o que deve ser feito sem medo e reforçando as defesas, ao abrigo da fidelidade de Deus.

Pb Martha Miguel
DORCAS-JARDINS

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